De acordo com artigo da jornalista Flavia Lima, no jornal Folha de S. Paulo (30/08/17), de janeiro a julho, os investimentos estrangeiros na economia brasileira cresceram 36% em relação a igual período do ano passado.

Segundo o Banco Central foram US$ 31,6 bilhões recebidos no período. Os serviços captaram 66% do total, seguidos da indústria (28%) e agronegócio (6%). A concentração de investimentos na área de serviços, segundo André Castellini, da Bain & Company, se justifica porque há uma percepção de que a economia está tocando o fundo do poço e que, portanto, a recuperação da demanda está próxima. O alvo dos investimentos estrangeiros são especialmente as empresas de eletricidade, transporte, varejo e saneamento.

Na visão de Viktor Andrade, sócio da EY, empresa envolvida em quatro operações de vendas de ativos locais, o movimento de fusões e aquisições deve seguir com força nos próximos trimestres. Entre as oportunidades, cita por exemplo que a J&F, empresa dos irmãos Batista está de desfazendo de ativos para fazer caixa, assim como a Petrobras, com um extenso programa de desinvestimento, devem atrair dinheiro externo.

Apesar do cenário interno problemático, o capital externo olha para o Brasil, independente de ser quinta, sétima ou nona economia mundial, como um mercado consumidor amplo e altamente promissor.

(Mário Ibide-Suppra Consultoria Empresarial-30/08/17)